A análise de Carlos Freire, CEO da AON Portugal
Os resultados do 44.º Barómetro Executive Digest são um reflexo da resiliência e da capacidade de adaptação das empresas portuguesas. É particularmente relevante ver que 84% das organizações conseguiram manter ou superar as receitas esperadas em 2025, mesmo num contexto marcado por incerteza. Estes dados reforçam a importância de uma abordagem integrada à gestão de risco e do aconselhamento estratégico, fundamentais para apoiar as organizações a navegar desafios complexos. O optimismo moderado que se verifica para o resto do ano, com 70% das empresas a preverem crescimento, demonstra confiança, mas também uma visão equilibrada de risco, perante riscos emergentes, como é o caso das tarifas internacionais e a instabilidade geopolítica. Destacamos igualmente a proactividade das empresas na implementação de mecanismos de mitigação, especialmente face a conflitos e disrupções nas cadeias de abastecimento – um passo essencial para garantir a continuidade do negócio. As recentes reformas do Estado e as propostas laborais, embora positivas, mostram que ainda há caminho a percorrer para resolver os desafios estruturais do mercado de trabalho. Para 2026, as prioridades das empresas – crescimento económico, alívio fiscal e simplificação do Estado – são sinais claros das necessidades sentidas pelo tecido empresarial.
Testemunho publicado na edição de Outubro (nº. 235) da Executive Digest, no âmbito da XLIV edição do seu Barómetro.














